quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Democratização da Comunicação, criminalização das rádios e a sustentabilidade destes meios




O debate desta quinta-feira foi iniciado por Edson Guedes, da Rádio Resistência, a primeira rádio comunitária da Zona Oeste. Edson contou a história da criação da rádio, que começou como rádio em postes, ressaltando a importância que a mesma exerceu como mobilizadora de encontros entre moradores. Além de difusora de informações da comunidade, a rádio sempre promoveu encontros entre moradores para o debate de causas importantes. Edson contou ainda sobre as dificuldades que a rádio enfrenta desde o início de sua trajetória, lidando com perseguições, fechamentos e apreensões de equipamentos pela polícia.

A pauta sobre a criminalização das rádios foi seguida pelo professor Rocha, segundo debatedor da manhã. Rocha contou sobre a legislação que regulamenta a radiodifusão no Brasil, ressaltando o difícil momento que se enfrenta no governo atual. O professor e também coordenador do Fórum Democracia na Comunicação explicou sobre as últimas medidas repressoras do governo e fez um chamado a união necessária para enfrentar a democratização da comunicação no país.


Em seguida, Gizele Martins contou a história sobre o jornal O Cidadão da Maré. Uma das fundadoras do Cidadão, a hoje jornalista, narrou o quão já se sentiu descriminada pelos grandes meios de comunicação e como isso a levou a criar um veículo que representasse a ela e a sua comunidade. Gizele falou ainda das dificuldades financeiras de se manter um veículo comunitário.

Cláudia Abreu, do movimento Fale Rio, fechou a rica manhã de debates. Cláudia falou sobre a história da TV comunitária no Brasil, explicando a atual legislação que, segundo ela, assegurará em breve espaços a uma programação comunitária nas TVs abertas. Claudia divulgou ainda o movimento “Regula, Dilma”, contra o monopólio da comunicação do Brasil. Mais informações podem ser encontradas no site: www.falerio.com.br 

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